tiro à queima-alma
- Vi Rangel
- 15 de fev. de 2018
- 1 min de leitura
e me sobe uma vontade lá de dentro, de socar, bater sacudi pelos ombros e gritar, implorar para de me machucar
teu silêncio doi como um tiro e ce atira em mim todos os dias e eu me viro, de bruços tentando não escorregar em minhas próprias lágrimas que estão espalhadas
e eu caminho, deixando pegadas mas tudo bem, o sangue das pegadas vai secar a entrada da bala cicatrizar, mas vai inflamar
eu tenho que catucar, e tirar esses pedacinhos de você dentro de mim e pra isso anestesia não há e vai doer, e eu continuo a caminhar e o sangue vai secar e a cicatriz inflamar
e antes que eu te tire de mim tu se aproxima bem pertinho eu acho que você vai me beijar mas você volta a atirar
é tiro á queima-alma

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